quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Escrever para quê?


Ou...para quem?
Que coisa mais engraçada a linguagem escrita. A junção de letrinhas inventadas sabe-se lá por quem,capazes de despertar um transbordamento de sensações num papel, ou...na tela de um computador.
João Cabral de Melo Neto uma vez disse que escrever é como catar feijão,procura-se as palavras,cada uma de uma vez.
A comunicação é uma das características mais belas do ser humano,pois ela não esta apenas na linguagem oral,mas presente no sentimento que envolve cada palavra. Acredito que um corpo que fala,diz tudo através dos olhos,as vezes chego a crer que um olhar diz mais que centenas de cartas apaixonadas.
Mas,definitivamente,nada é tão sedutor e envolvente quanto letras impressas em uma folha de caderno.
O texto abaixo me foi enviado por uma querida,uma amiga que irradia muita luz.

"Você precisa saber que já é uma escritora. Mas nem ligue, faça de conta que nem é. Eu lhe desejo que você seja conhecida e admirada só por um grupo delicado embora grande de pessoas espalhadas pelo mundo. Desejo-lhe que nunca atinja a cruel popularidade porque esta é ruim e invade a intimidade sagrada do coração da gente. Escreva sobre ovo que dá certo. Dá certo também escrever sobre estrela. E sobre a quentura que os bichos dão a gente. Cerque-se da proteção divina e humana, tenha sempre pai e mãe - escreva o que quiser sem ligar para ninguém. Você me entendeu?"

Um beijo nas suas mãos de princesa.



Clarice

Escrever é como deixar um pedaço do seu sentimento tatuado em cada letra.

Beijos.