domingo, 26 de dezembro de 2010

Espero,que um dia,você se junte a nós...


"...Quem me acode à cabeça e ao coração
neste fim de ano, entre alegria e dor?
Que sonho, que mistério, que oração?
Amor."

Com um trecho de imagine de John Lennon nomeio meus desejos de fim de ano. É com o coração encharcado de fé e esperança que venho ào blog deixar em minhas palavras um bocado de felicidade
à todos aqueles que creem.
A oração que me acode neste fim de ano é regida por apenas um verbo,amor. Assim como no trecho acima extraido de "poemas de dezembro" de Carlos Drummond de Andrade.
A minha esperança é que você,que passa seus olhos por essas palavras se junte a nós, tolos e sonhadores.
Espero que os sonhos da humanidade não sejam extraviados nem enviados à um bazar onde são esquecidos.
Que Deus, tecedor de sonhos e fé, permaneça cantando nos ouvidos daqueles que acreditam no ser humano.
E que o amor,a luz lembrada de João Guimarães Rosa,consiga iluminar até mesmo os lugares mais obscuros.
E que em um lindo dia,todos possam finalmente triunfar,e lembrar que amar não é apenas um verbo,mas uma filosofia de vida.

Fazer da areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão
E a flauta, sem nada mais que puro som
envolverá o sonho da canção
por todo o sempre, neste mundo

(Dezembro de 1981)

Carlos Drummond de Andrade!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O brilho,a forma e o conteúdo.


Forma e conteúdo,dois dos elementos mais buscados pelos poetas. A forma abriga,cria imagens e subjuga. O conteúdo preenche,leciona e se expõe em forma de estrela, na íris dos olhos.
É incrível perceber a mutabilidade humana,e o quanto cada segundo é raro,pois daqui a 5 segundos os números do relógio fluirão e já não seremos mais os mesmos.
Confesso que estes dois primeiros parágrafos estão metafísicos demais para quem só quer expor a experiência de ter assistido Edward mãos de tesoura pela décima vez. A excentricidade e o charme de Johnny Depp bastariam para uma produção de sucesso,mas o que me chama a atenção naquele humanóide com mãos de tesoura é sutileza do olhar. Aqueles olhos ingênuos bastam,e conseguem esconder a estranhesa daquelas mãos. Aí está o conteúdo. Ele veio escondido naquela roupa preta coberta de taxas e metais,mas se mostra com um simples olhar do personagem.
Quem se apaixonaria por alguém de característica monstruosa? O amor é estranho,está sempre em busca do perfeito,mas quando acontece, a unica coisa que nos importa é o brilho dos olhos.
Assisti Edward mãos de tesoura pela primeira vez aos 7 anos, e dez anos depois percebo que o pouco de maturidade que tenho,me proporcionou um outra visão sobre o brilho que fica no olhar, o qual chamo de conteúdo, que geralmente é banhado por amor.



domingo, 5 de dezembro de 2010

" Por que sou do tamanho do que vejo,e não do tamanho da minha altura..."


Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.


Alberto Caero

"Para todos os que nasceram em cidades pequenas como eu,mas que conseguem ver toda a beleza que existe em cada detalhe de um mundo do tamanho dos nossos sonhos,infinito."