No inicio era o verbo... e o verbo era deus...E o verbo estava com deus,E já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si,...Discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa,Quem era verbo, quem era deus,A ação e a interpretação quem era a parte e quem era o todo.Deus (o pai, o filho e o espírito santo),Era também o verbo (regular e irregular)E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeitoE quem seria o predicado,Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciariaA forma "mais que perfeita"!Deus era o verbo e o verbo era deus,Conjugavam-se de maneira irregular explicitando suas diferenças,Reconhecendo os fragmentos e os complementosBuscavam a medida certaE assim... reconheceram-se unoEu deus, tu deus, ele deus, nós deus, vós deus, ..., eles deusSomos dotados deste curioso poder,Mudamos nosso significado, nosso signo,Nosso comportamento e nossos conceitos(que por sua vez chegam ate nós depois de se modificaremMuitas e outras vezes!)Temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pésTemos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmosE acomodarmos com a vida que levamos agoraO teatro mágico é o teatro do nosso interiorA história que contamos todos os diasE ainda não nos demos contaAs escolhas que fazemos em busca dos melhores atos,Dos melhores sabores,Das melhores melodias e dos melhores personagensQue nos compõem,As peças que encenamos e aquelas que nos encerramNosso roteiro imaginário é a maneira improvisadaDe viver a vidaDe sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias,O teatro nosso de cada dia...